sexta-feira, 25 de novembro de 2011

STEVE JOBS: SER PLURAL NO UNIVERSO TECNOLÓGICO

Entender como funcionava a mente de um gênio instintivo, e como ele tomava decisões, serve de aprendizado, vale como uma lição de vida”. (VEJA, outubro de 2011).


Steve Jobs revolucionou a informática nos anos 1970 e 1980 (com a Apple II e o Mac), o cinema de animação nos anos 1990 (com a Pixar) e, mais recentemente, a música digital (com o iPod e o iTunes) e o computador de mão – iPad. Foi cofundador e presidente da Apple. Seu legado de ações vitoriosas na computação rendeu fã clubes no mundo todo. Considerado líder notável nas indústrias da tecnologia da informação e do entretenimento, presenteou-nos durante toda a sua vida (1955 – 2011) com eximias lições empresariais, revelando-nos segredos do seu sucesso.
O homem que se tornou um ícone no mundo tecnológico, por suas criações que trouxeram grandes avanços para a computação, também foi para muitos um ser intrigante e às vezes “assustador”, por seu temperamento um tanto contraditório. Trouxe sempre em sua bagagem ideias revolucionárias, característica essa que o levou a ser eternizado no universo da tecnologia.
Jobs demonstrou ao longo de sua vida um temperamento contraditório, mesmo com gênio difícil, pavio curto e mente obsessiva, conseguiu construir relações sólidas com parceiros criadores, seguia orientações budista e antimaterialista, entretanto, fazia produtos para mercados de massa fortalecendo o mercado consumista no mundo. No entanto, apresentava uma multiplicidade invejável, sendo portador de variadas características que o faziam um ser plural, revolucionou o mundo tecnológico com sua visão inovadora.
Totalitário e explosivo exigia que os produtos da Apple tivessem leveza, simplicidade, funcionalidade e levasse praticidade aos seus usuários. Desapegado do dinheiro, calça jeans, tênis e camiseta preta eram sua marca registrada, seguia criando sua civilização tecnológica contemporânea e confrontando sua maior concorrente Microsoft, empresa de Bill Gates.
Na revista VEJA de outubro de 2011, compara-se Jobs a Albert Einstein, pois sem eles haveria regressão. Sem Einstein a teoria da relatividade teria sido deduzida bem mais tarde e não em 1905 como ocorreu, e, sem Jobs ainda estaríamos usando computadores e ouvindo músicas em artefatos portáteis, sem dúvida, piores que os criados por ele. Segundo Jobs a sensação de alguém que estava acostumado a usar aparelhos tradicionais ao usar um Apple seria: “A mesma de alguém no inferno que ganha um copo de água gelada”.

Assim era Steve Jobs, o menino adotado que fugiu da faculdade, abriu uma fabriqueta de computadores na garagem de sua casa na Califórnia e que, ao morrer, havia revolucionado a indústria de computadores pessoais, os filmes de animação, o mundo da música, dos telefones celulares e, com o iPad, a imprensa”.(VEJA, outubro de 2011).

O admirável precursor de sucessivas revoluções, que levaram ao público o que de mais inovador podia se ter atualmente, nos permitiu pôr a vida inteira na palma da mão através dos aparelhos da Apple, moldando as sociedades urbanas de todo o planeta. Assim, acabou por reinventar o mundo, cito como exemplo o anúncio da computação nas nuvens com o iCloud, sistema que armazena todos os arquivos dos aparelhos da Apple, apresentado em junho deste ano. De acordo com Jobs “o centro de nossa vida digital estará nas nuvens”.
Em 05 de outubro de 2011, foi dado adeus ao super herói da era digital – Steve Jobs – imortalizado por sua genialidade. Sua morte repercutiu no mundo todo, nas redes sociais houve manifestação em massa sobre o gênio criativo da Apple, outros expoentes da era digital se pronunciaram, como o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, que fez em sua página eletrônica, agradecimentos a seu mentor e amigo.
A computação pessoal, o negócio da música, a editoração eletrônica, Hollywood, tudo foi transformado radicalmente por Steve Jobs, ao associar a computação pessoal à diversão e à portabilidade, elevou o padrão de exigência dos consumidores. Os produtos da Apple parecem mágicos e esteticamente próximos da perfeição, provenientes das visões excepcionais de Jobs, característica esta que deixa eternizadas sua ideia e sabedoria, que resumem-se no discurso feito em 2005 para uma turma de formandos da Universidade de Stanford: “Tenha coragem de seguir o seu coração e a sua intuição. Eles, de algum modo, já sabem o que você realmente quer ser”. Tal frase reflete o que Jobs de forma plural espalhou pelo mundo, a ideia de que através de sua intuição, sabia de algum modo o que as pessoas queriam ter antes mesmo que elas se dessem conta do desejo de consumo.
As criações deste gênio, sem duvida trouxeram ao nosso cotidiano, mais eficiência, o Mac, o iPod, o iPhone e o iPad, foram tomando seu espaço no mundo e causando um renascimento cultural. Estes são frutos do poder do criador da Apple, instrumentos da notória capacidade de evolução tecnológica que sai da mente desse brilhante ser plural – Steve Jobs.


Referências
KAHNEY, Leander. A cabeça de Steve Jobs: As lições do líder da empresa mais revolucionária do mundo. 2a ed. 6a reimpressão. Trad. Maria Helena Lyra, Carlos Irineu da Costa. Rio de Janeiro: Agir, 2009.
Revista Veja - edição especial. Como as ideias de Steve Jobs podem mudar o seu mundo. Editora Abril - Edição 2238, Outubro, 2011.
Revista Veja. Sai a biografia de Steve Jobs. Editora Abril - Edição 2241, novembro, 2011.

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